terça-feira, dezembro 13, 2005

Estalo

Antes, a minha vida daquele jeito meio sem jeito, sem forma, sem surpresas, meio sem graça, me bastava. Talvez fosse por tolice, ou o mais provável, por eu não saber como tudo podia ser diferente. De repente me deixei carregar pelo mundo, caí sobre o novo e experimentei, temerosa, essa outra vida. Quando dei por mim, já não era a mesma pessoa, me descobri repleta de possibilidades e ávida por elas. Agora, se aquele antigo eu tentar retornar sorrateiro, o rejeito e rechaço. Aquela vida de um outro dia, em um passado recente que me parece distante, não me basta mais.


11 Comments:

Blogger Rafael Leal said...

Fico feliz que esteja se sentindo assim...

É esse tipo de insensatez que nos faz caminhar para a frente!!!

Beijos!!!

02:01  
Anonymous Anônimo said...

"tudo está mudando, mas nada muda, e, ainda assim, existem mudanças"

:-p

02:16  
Blogger Isabella Goulart said...

Lindos os textos!! Tanto esse qto o poema. Não sabia que vc escrevia assim tão bem, moça. Particularmente, esse Estalo tem algo a ver com a nova vida em Niterói? =P

Bjos!!

12:37  
Anonymous Anônimo said...

Marcela,
Li num estalo e fiquei "pasmo". Pela leveza, pela simplicidade e pela beleza. Pura beleza...
Vá em frente, com muita quietude.
Osmar

14:54  
Anonymous Anônimo said...

Marcela,

fiquei muito feliz quando li o seu "Estalo". Todos nós, em algum momento da vida, precisamos acordar e ver que as surpresas são maravilhosas e o temor pelo novo é necessário. Mas, o mais importante é aprender a deixar algumas coisas para trás. Aprender que o medo pelo que virá é essencial. Já o saudosismo excessivo..., por vezes, nos trava e não nos deixa caminhar. Sempre (mas sempre mesmo!!!!) se permita sentir pouco de medo...

Bjos da sua prima orgulhosa!!!!

Marina.

22:52  
Anonymous Anônimo said...

amei o seu "estalo"
me sinto exatamente igual. niterói faz bem pras mineiras
hehehe
vc escreve mt bem querida
continue
beijos

00:08  
Anonymous Anônimo said...

e issso aí! sacou né? e só o inicio, e não para por aí não, aliás não deixe parar nunca .....

beijos go ahed Tia Rô

17:27  
Anonymous Anônimo said...

"É totalmente humano, então, ser um nostálgico, e a única solução é aprender a conviver com a saudade. Talvez, para a nossa sorte, a saudade possa transformar-se, de algo depressivo e triste, numa pequena chispa que nos dispare para o novo, para entregar-nos a um novo amor, a outra cidade, a outro tempo, que talvez seja melhor ou pior, não importa, mas que será diferente. E isso é o que todos procuramos todos os dias: não desperdiçar em solidão a nossa vida, encontrar alguém, nos entregar um pouco, evitar a rotina, desfrutar de nossa fatia da festa"

Marcel,

lembrei do seu "estalo" ao ler esse pequeno fragmento de um livro do Pedro Juan Gutierrez.

22:40  
Anonymous Anônimo said...

Minha filha,

Amei, eu falei que era corujuce de mãe. Mas uma pessoa mais sensivel, disse que não, pois é sensibilidade de mãe.

Beijos,

Edilea

14:03  
Anonymous Anônimo said...

Voilá!
Que belo estalo!
Foi depois de um estalo assim,
que o padre Vieira
deixou de ser chinfrim.
Estalo e poesia
têm parentesco afim,
embora, para a maioria,
seja um gargalo,
que faz doer o calo.
Por que não me calo?
Porque adoro estalo,
quando muda a vida,
fazendo a jactância
correr pelo ralo.
"Meu reino por um cavalo!"

21:59  
Anonymous Anônimo said...

letra linda e feliz////! =)))) adorei mtuu.............. bjus do sakee!

00:45  

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