A CHEGADA
(José Ubirajara Guimarães Bertoletti)
Princesa...
Já adentrara eu os cinquenta, quando chegaste.
Munindo-me de toda a coagem, fui esperar-te à porta da vida.
Suei, sofri, e chorei, ao vires à luz.
Eras uma pequena coisinha que também chorava.
Depois,
enrolada em casulo, colocaram-te nos meus braços e eu te embalei,
enquanto os teus olhos, grandes e inteligentes,
fitavam-me com atenção.
E, então,
chamei-te de princesa e dei-te as boas vindas a este mundo de Deus.
E declamei para ti, em prosa e verso, as minhas andanças
pelas terras ao léu, à tua procura.
Falei dos anos sofridos à tua espera.
Contei como, cavaleiro Rocinante montado, investi contra os moinhos,
querendo preparar um mundo melhor
para a tua chegada.
Falei das minhas vitórias e dos meus fracassos.
Dos moinhos, que tornaram a surgir.
Do meu desespero, porque tu tardavas.
E, finalmente, da minha alegria, felicidade e ventura,
porque estavas aqui.
E tu me olhavas,
Compreendendo...
_Sim! Compreendendo!_
tudo o que eu falava, naquele momento
_o mais feliz
da minha vida.
Os dias passaram... As semanas passaram... Passaram-se os meses...
E foste crescendo... crescendo...
E, desde cedo, aprendendo a sorrir.
E, por trás de cada sorriso,
antevejo um mundo novo e sinto que a minha espera
não foi em vão.
Belo Horizonte - 28/07/1986
Princesa...
Já adentrara eu os cinquenta, quando chegaste.
Munindo-me de toda a coagem, fui esperar-te à porta da vida.
Suei, sofri, e chorei, ao vires à luz.
Eras uma pequena coisinha que também chorava.
Depois,
enrolada em casulo, colocaram-te nos meus braços e eu te embalei,
enquanto os teus olhos, grandes e inteligentes,
fitavam-me com atenção.
E, então,
chamei-te de princesa e dei-te as boas vindas a este mundo de Deus.
E declamei para ti, em prosa e verso, as minhas andanças
pelas terras ao léu, à tua procura.
Falei dos anos sofridos à tua espera.
Contei como, cavaleiro Rocinante montado, investi contra os moinhos,
querendo preparar um mundo melhor
para a tua chegada.
Falei das minhas vitórias e dos meus fracassos.
Dos moinhos, que tornaram a surgir.
Do meu desespero, porque tu tardavas.
E, finalmente, da minha alegria, felicidade e ventura,
porque estavas aqui.
E tu me olhavas,
Compreendendo...
_Sim! Compreendendo!_
tudo o que eu falava, naquele momento
_o mais feliz
da minha vida.
Os dias passaram... As semanas passaram... Passaram-se os meses...
E foste crescendo... crescendo...
E, desde cedo, aprendendo a sorrir.
E, por trás de cada sorriso,
antevejo um mundo novo e sinto que a minha espera
não foi em vão.
Belo Horizonte - 28/07/1986
2 Comments:
Um belissimo poema...obrigado pela visita quer no tons quer no voas!espero q me pessoas visitar mais vezes.Obrigado tb pelas tuas palavras.
bj
walter
que coisa mais linda meu Deus!
Fica mais fácil entender de onde veio seu dom!
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