sábado, setembro 20, 2008

LevaLeveLevo

Leva a loucura crua
Que lá fora a lua
No meio da rua
Despontou redonda e nua
Na noite escura

Levo o rimar louco
Num ritmo roto
Que sobrou um pouco
De um texto rouco
Em algum lugar esquecido e oco

Leve para fazer um poema
Com versos em renda
Caprichando na emenda
Para que você entenda
Apenas o que vale a pena

Leva, leve, levo e levamos
Para o meio da rua o luar
Que lumiou enluarada noite
E levou logo e ligeiro a lua
E do poeta louco, o poema

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Às vezes, em noite de lua cheia, acho que minha loucura crua vai saltar de mim. Juro que saltito pra dar um empurrãozinho. Tinha que me ver na semana passada, se não fossem os outros, eu dava um grito. E depois não entendo por que não gritei.

Um poeta louco sem seu poema deve ser a figura mais angustiada do mundo. Sem poema, mas com a poesia não dita dentro dele. Imagine-o perguntando por aí, você viu meu poema, você viu meu poema?

17:16  

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