terça-feira, maio 01, 2007

Janela para o infinito

O telefone toca.
Ela não quer atender. Sabe? Um telefone tocando, uma janela para o infinito. E depois de tantas coisas...
O telefone continua tocando.
Ela olha para ele, como se encarasse alguém, como se cada vez que ele chamasse, cada trim, doesse. Uma fisgada lá no fundo, que ela nem sabe precisar de onde vem.
Mais um trim.
O último que ela pode suportar, senta-se no sofá ao lado dele, coloca a mão no gancho.
Ela atende.
Do outro lado o silêncio espera por alguma palavra, que não vem.
Põe o telefone no gancho.
Difícil demais dizer qualquer coisa, melhor calar para não sofrer, melhor nem saber.
Tira o fio da tomada.
Ainda é cedo.

7 Comments:

Blogger Alexandre Lucio Fernandes said...

Olá amiga :)
passando pra te avisar que finalmente voltei a postar em meu blog.

Espero contar com a sua ilustre presença por lá.

Beijos no coração
:)

16:59  
Blogger Ana Moura said...

Respeitar os momentos.

beijoos

19:52  
Blogger diovvani mendonça said...

Isso é o que chamo literalmente de: EMOÇÃO POR UM FIO. AbraçoDasGerais.

17:19  
Blogger Vicente said...

Oi, moça.
Oi, Marcela.
Voltei.
Mais um mês por aqui.
Mais um mês para levantar brindes aos seus textos, que se refinam a cada dia, como se fácil melhorar o que já era excelente.
Voltarei por aqui outras vezes para coletar material para a doceria, pois seus textos são de uma doçura inquestionável.
Pra você eu trouxe Beijos
Pra você eu deixo docesssss.
Vicente

16:41  
Blogger Renée said...

cada toque do telefone funciona como uma martelada ...
machuca a alma!

bj

23:45  
Blogger Duda Bandit said...

lindo o texto, entrei no seu blog pelo nome dele, escrevi um texto em que uma das personagens se chama Hibari, que é como chamam a cotovia em japonês... até!

21:41  
Blogger Tricota e Crocheta said...

Sonoridade e silêncio.... saudades. Ana disse tudo, respeitar os momentos, o silêncio, a falta, o fim.

16:33  

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