A caixa de
Teus olhos de mansinho se viram nos meus. Que surpresa encontro, assim que rasgar os papéis rotos do embrulho, arranjado às pressas? Para além deles vou devagarinho ver o que está por dentro da caixa. O que esconde o cubo de papelão. Descobrir se o presente ocultado revela algo mais, mais do que o objeto apenas. Inesperado ou não. Vazia ou cheia, a embalagem já está nas mãos. Sujeita à última fita adesiva que a mantém fechada. Sujeita ao último instante em que as pontas dos dedos se debatem contra a tampa, prestes a expor a verdade. O ritmo dos dedos marcando a dúvida. Todo o resto na espera. De manhã o tempo era nublado. Existe uma fresta no embrulho, mas a curiosidade vacila, e a caixa fica embaixo da mesa. Guardada. De tarde o sol apareceu.
1 Comments:
...de Pandora ou não?! Gosto dos detalhes do seu texto.
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